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1 de Fevereiro - Fome de Cultura
há 534 semanas

O Manifesto em Defesa da Cultura, o CENA e o STE, unem-se para exigir mais Cultura e mais trabalho com direitos para os trabalhadores e trabalhadoras do sector. Depois da manifestação da CGTP-IN que termina nos Restauradores, a luta não pára e o caminho até ao Largo de S.Domingos é curto.

18h30m no Largo de S.Domingos, em Lisboa. Temos fome de Cultura.

 

 

 

 

 

Veja aqui os horários de todas as acções que ocorrerão por todo o país.

Transporte de instrumentos no avião
há 534 semanas

Viajar com instrumentos musicais de pequeno porte no avião está-se a tornar mais complicado e caro. É cada vez mais comum ouvirem-se testemunhos de músicos com problemas nos aeroportos porque no check-in não os deixam levar os seus instrumentos na cabine, como era normal acontecer. Até há pouco tempo as normas de bagagem de mão das linhas aéreas não eram restritivas ao ponto de inviabilizarem o transporte de violinos, violas, guitarras, e outros pequenos instrumentos em cabine. O aumento de pessoas que viajam unicamente com bagagem de mão parece ter levado as companhias aéreas a sentir a necessidade de restringir este tipo de bagagem. As normas da bagagem de mão não são iguais para todas as companhias mas assemelham-se bastante, contudo relativamente à questão específica do transporte de instrumentos de pequeno porte as linhas aéreas têm abordado a questão de forma mais variada e às vezes evasiva. Algumas não são explícitas, outras permitem-nos e outras ainda colocam condições.

 

Em Março 2013 a CE publicou uma proposta de revisão dos regulamentos refentes aos direitos dos passageiros que será votada em breve. Esta proposta aborda pela primeira vez a questão dos músicos a viajar com instrumentos no avião e obriga as linhas aéreas a aceitarem pequenos instrumentos na cabine, sob condições específicas. A FIM (Federação Internacional de Músicos) tem sido muito proactiva contactando a EC e fazendo lobby, tendo entregue recentemente um abaixo- assinado com 43 000 assinaturas.

 

Entretanto interessa saber qual a posição das linhas áreas relativamente a esta questão. De seguida apresenta-se uma pequena tabela relativamente a 5 linhas.

 

Linha

Dimensões da bagagem de mão

Instrumentos

TAP

115cm:55x40x20

Não menciona pequenos instrumentos. Quando questionada por escrito a TAP remeteu para os serviços telefónicos das reservas que dizem ser possível transportar um pequeno instrumento em cabine, sempre e quando o somatório das suas 3 dimensões não exceda 115cm .

Iberia

56x45x25

Os instrumentos musicais cujas dimensões não ultrapassem os 30x120x38 cm (medidas de una guitarra standard) podem ser levadas em cabine como única peça de bagagem de mão permitida

Air France

55x35x25

Pode ser transportado um violino em cabine se não exceder 12 kg

KLM

55x35x25

Um instrumento de pequenas dimensões, por exemplo um violino, pode ser transportado em vez duma bagagem de mão. Precisa de caber no compartimento superior, não pode pesar mais de 12 kg (18 kg em Business) e as medidas não podem exceder 55 x 25 x 35 cm.

Easyjet

50x40x20

Podem ser transportados instrumentos musicais como bagagem de mão desde que as suas dimensões (incluindo o estojo) não exceda 30cm x 120cm x 38cm e condicionado ao espaço disponível nos compartimentos por cima das cabeças. Não será permitida uma segunda bagagem de mão.

 

Esta informação foi recolhida da web, de notar que no caso da Air France a informação consta no facebook da empresa como resposta a uma questão colocada por um passageiro. Relativamente à KLM a informação é contraditória pois um violino mede mais do que 55 cm. A TAP não quis responder por escrito. No fundo destas 5 empresas só duas são explícitas relativamente à sua política de transporte de pequenos instrumentos: a Ibéria e a Easyjet.

 

Resta então esperar que o resultado da alteração da regulamentação seja favorável aos músicos e que as companhias assumam uma postura de promoção das artes, neste caso da música. Em Portugal o caso é particularmente complexo por não temos o comboio como alternativa para nos deslocarmos ao resto da Europa, parece indispensável que a nossa linha aérea esteja devidamente sensibilizada. Claro que a concorrência pode ajudar…

 

 

Apoios ao Cinema: SEC no Parlamento
há 536 semanas

Leia a notícia da Agência Lusa sobre a audição de Barreto Xavier no Parlamento. Também transcrevemos as partes da notícia relativas à alienação de 85 obras Joan Miró e à aceitação da petição d'A Barraca: "A Barraca não pode ser extinta".

«Secretário de Estado da Cultura vai ao parlamento explicar apoios ao cinema em 2013

No ano passado, o ICA pagou cerca de 697 mil euros de apoios financeiros, de um total de 10,1 milhões de euros, no âmbito dos concursos de 2013

A comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura viabilizou hoje o requerimento do PCP para o secretário de Estado da Cultura ser ouvido nesta instância, relativamente aos apoios à produção cinematográfica no ano passado, disse à Lusa fonte parlamentar.

"O PCP pretendia também ouvir a presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual [ICA], Filomena Serras Pereira, mas o PSD e o CDS consideraram que bastava ouvir o secretário de Estado Jorge Barreto Xavier, por ser o responsável máximo", explicou À Lusa o deputado Miguel Tiago do PCP.

No ano passado, o ICA pagou cerca de 697 mil euros de apoios financeiros, de um total de 10,1 milhões de euros, no âmbito dos concursos de 2013, disse à Lusa, no início deste mês, fonte daquele organismo.

Dos mais de vinte programas de apoio financeiro à produção, exibição, distribuição de cinema ou escrita de argumentos - que supostamente tinham inscritos 10,1 milhões de euros - quinze foram considerados concluídos, mas apenas foram distribuídos 697.526,59 euros até ao final de dezembro, referiu a mesma fonte.

Jorge Barreto Xavier, segundo os procedimentos habituais que dão celeridade a este tipo de requerimentos, deve ser ouvido na comissão parlamentar dentro de duas semanas, explicou à Lusa fonte da comissão.

"O presidente da comissão deve agora entrar em contacto com o gabinete do secretário de Estado da Cultura, e marcar a audiência para dentro de duas semanas", disse fonte da comissão.

Os comunistas, entretanto, apresentaram já um outro requerimento para voltar a ouvir o secretário de Estado da Cultura sobre "os atrasos nos apoios às artes", adiantou Miguel Tiago.

Nesta mesma reunião da comissão foi discutido um projeto do PCP que propunha a suspensão da alienação das 85 obras de Joan Miró, provenientes da coleção do extinto Banco Português de Negócios (BPN) e atualmente propriedade do Estado, que prevê o seu leilão em fevereiro, na Christie's, de Londres.

"O projeto de resolução irá ser votado no parlamento na próxima sexta-feira, mas o PSD e o CDS anunciaram que iriam votar contra", disse Miguel Tiago.

"O PCP considera que o Estado não deve desfazer-se dos quadros do artista Joan Miró sem antes fazer uma avaliação e os expor ao público, estando a agir sem salvaguardar o interesse público", declarou o deputado comunista.

As obras do espanhol Joan Miró (1893-1983), que estão nas mãos do Estado português desde a nacionalização do BPN, serão leiloadas em Londres, a 05 de fevereiro, no âmbito de quatro leilões dedicados a correntes artísticas do século XX, a realizar nos dias 04 e 05 do próximo mês.

A coleção foi adquirida em 2006, pelo BPN, a um colecionador japonês por cerca de 34 milhões de euros e abrange diferentes fases criativas do pintor. A Christie's avaliou a coleção em cerca de 35 milhões de euros.

Por iniciativa da Casa da Liberdade Mário Cesariny, do Coletivo Multimédia Perve, foi lançada, este mês, uma petição na Internet contra a venda dos 85 quadros de Joan Miró, em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=joanmiro, que recebeu já 6.151 assinaturas.

Na quarta-feira, a Casa da Liberdade vai organizar um conjunto de espetáculos, entre as 16:30 e as 22:00, para receber artistas e outros cidadãos que assinaram a petição, e para recolher depoimentos que mostrem a transversalidade do movimento.

Na reunião de hoje da comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura foi também aceite a petição n.º 315/XII/3.ª, uma iniciativa do Grupo de Ação Teatral "A Barraca" que visa "informar as instituições de que a forma como a Direção-Geral das Artes apoiou este ano A Barraca corresponde à sua extinção, pois o apoio dado é insustentável".»