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1º de Maio - Memória, comemoração e a busca contínua pelo direito ao trabalho com direitos
há 259 semanas

Memória
Albert Parsons, Adolph Fischer, George Engel, August Spies e Louis Lingg. Assim se escrevem os nomes dos sindicalistas condenados à forca depois dos acontecimentos de Maio de 1886, em Chicago, e que desde a sua execução, em 1887, assinalamos no dia 1 de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
Há quem os considere mártires, símbolos, ídolos e do outro lado, do lado de quem sempre tentou manter servos, escravos e exércitos de colaboradores obedientes, há quem os utilize para demonstrar aos trabalhadores que quando se reivindica e organiza movimentos de protesto se pode, efectivamente, pagar com a morte.

Para lá das ideologias e das perspectivas pessoais e sociais, o facto é que estes homens viveram num tempo em que se morria por exigir direitos laborais, neste caso a jornada de 8 horas diárias. O facto histórico é que para hoje conseguirmos gerir o tempo pessoal, ou melhor, para que haja tempo pessoal, foi preciso que os que nos antecederam tivessem morrido.
É importante registar esta memória e é ainda mais importante perceber que eles foram apenas a face mais visível de um movimento enorme e com uma força talvez nunca vista até aquela data.

Comemoração
Apesar de ligado a uma história trágica, o 1 de Maio também está ligado ao inicio dessa importante conquista, as 8 horas de jornada diária. É esta a parte da comemoração.
No Dia Internacional do Trabalhador comemoramos todas as conquistas que o movimento dos trabalhadores conseguiu alcançar com as mais variadas formas de acção. Comemorarmos as conquistas maiores e gerais mas também as mais pequenas e individuais. Todas têm o seu simbolismo e todas contam para o movimento histórico que precisamos manter vivo numa altura em que a regressão é tentada todos os dias.

Busca contínua pelo direito ao trabalho com direitos
E em 2019, em Portugal, e num sector como o nosso em que, por exemplo, a jornada de 8 horas diárias não é ainda uma realidade para todos os trabalhadores, faz todo o sentido continuar a agir e a exigir no dia 1 de Maio. Todos os feriados têm a sua justificação, todas as comemorações e homenagens o seu simbolismo.
O feriado de dia 1 de Maio é para ser gozado e assinalado nas ruas, nos locais de trabalho e em celebração e reivindicação. Por isso mesmo, e porque infelizmente é contínuo o movimento que tenta terminar com toda a carga simbólica do 1 de Maio, sendo que o nosso sector não foge à regrar e tantos trabalhadores são quase obrigados a trabalhar neste dia, o CENA-STE emitiu um pré-aviso de greve que abrange todos, mesmo todos, os trabalhadores do espectáculo e do audiovisual e que, caso não o possam fazer de outra forma, lhes permita não trabalhar e assinalar nas ruas este que é o seu dia.
 

Participa com o teu sindicato CENA-STE

Em Coimbra - 14h30 na Praça da República

Em Lisboa - 14h30 Martim Moniz (junto ao C. Comercial Mouraria)

No Porto - 15h00 nos Aliados.